Ana Chiara
“O meu propósito é falar de corpos/ que foram mudados em formas de diferentes tipos”. Tomo de empréstimo os versos de Ovídio em As metamorfoses para introdução do tema em foco. Pretendo fazer leituras críticas de imagens do corpo que se apresentam na literatura e em outras artes, na perspectiva do que a corporalidade manifesta como retorno de materialidade, afirmação de presença, mas não condicionada ao imobilismo de identidades fixas ou de diferenças sexuais, biológicas ou de gêneros (gender); pelo contrário, interessam-me, neste projeto, imagens verbais, pictóricas ou plásticas que apresentem (tornem presentes) a emergência da transitoriedade das formas: trânsitos da sexualidade, transformações da doença ou da velhice, travestimentos, estados radicais do ascetismo ou do êxtase, transes, possessões, body construction, liturgias do corpo, formas corporais inéditas e, sobretudo, as possibilidades de a linguagem da arte enunciar essas formas no conjunto das transformações culturais contemporâneas.
Sobre ela:
Textos de Ana Chiara no blog:
Densidade de negro
Estou sentado diante do teu texto
Fim da festa dos hormônios
Lori lambe a memória da língua
Os limites do pornográfico: o que dizer disso? Estou sentado diante do teu texto
Fim da festa dos hormônios
Lori lambe a memória da língua
O segredo, o secreto e o sagrado na escrita de Adélia Prado e Hilda Hilst
Piercings na língua: Hilda Hilst e Kiki Smith
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